Frente ao Vitória de Guimarães (com Flavio Meireles, Custodio, Douglas, Pereirinha, Nilson, Alex, Valdomiro, Rui Miguel, João Alves, Ricardo e tantos e tantos outros bons jogadores), reconheço que começei a ver o jogo com algum pessismo. Mas, tal como escrevi no post anterior, Leonardo Jardim teima em demonstrar que nao sao os nomes que fazem uma equipa. Uma equipa constroi-se, acima de tudo, com organização, espirito de grupo, espirito de sacrificio e, claro, humildade e trabalho. É também óbvio que não é por o Beira-Mar ter empatado com o Vitória, que agora vou dizer, que temos melhor equipa que a equipa minhota! Não. Nada disso. Até podemos ganhar ao Vitória, mas no final do campeonato, muito, muito dificilmente ficaremos à frente da equipa de Manuel Machado.
Contudo, é bom referir que a qualidade que o Beira-Mar demonstrou na primeira parte, muito se deveu aos bons pormenores que os reforços demonstraram. E começo por João Luiz!
Que grande jogo fez o jogador que vem emprestado pelo Marítimo. Não conhecia João Luiz e não é preciso ver mais jogos para concluir que é um excelente jogador, que vai ser o «patrão» do meio campo e que parece incompreensível como é que o Marítimo o empresta. Foi dele que sairam as melhores jogadas e melhores transições defesa/ataque, enviando inclusivamente uma bola ao poste, já quando o Beira-Mar vencia por 1-0.
No ataque, e face às soluções actuais, Leandro Tatu e Wilson Eduardo dão mostras de não ter oposição interna.
Leandro Tatu (faz lembrar um pouco o saudoso Roma) já é sobejamente conhecido do futebol nacional (só não se compreende como não faz duas épocas seguidas no mesmo clube), mas Wilson Eduardo, da «escola» do Sporting não lhe vai ficar atrás em termos de poder vir a corresponder às expectativas. Gostei mesmo muito de o ver jogar. Nada «tosco», bons pormenores individuais, muitas bolas ganhas de cabeça aos «centrais» do Guimarães e boas combinações, ora com João Luíz, ora com o já citado Leandro Tatu.
De início, jogou também Diogo Rosado, ex. Real Massamá, e tal como Wilson Eduardo, emprestado pelo Sporting. Nota-se que tem um bom pé esquerdo, mas foi dos reforços o que menos me impressionou. Tem que ter mais garra, jogar com menos «medo» e com mais poder de luta. Pareceu-me.
Na defesa, é bom que as pessoas tenham a consciencia que em campo, estiveram dois laterais provenientes do Chaves e do Vianense! Gostei mais de Danilo, no lado direito (vai discutir bem o lugar com o Pedro Moreira e não me admirava nada que ganhasse a «corrida» por um lugar no «onze») do que Luis Tinoco, mais timido, menos ofensivo, mas ainda assim sem nunca compremeter! E, depois meus amigos, convém não esquecer que estamos a falar de um reforço proveniente do...Vianense!
Na baliza, jogou de inicio Rui Rego que, ao contrário do que li na apreciação d' O Jogo, nunca comprometeu, simplesmente porque nunca foi chamado à prova e porque nao fez uma unica defesa apertada. Quer-me parecer, no entanto, que a contratação do guarda-redes brasileiro é para superar a baixa estarura de Rui Rego e a insegurança que Leonardo Jardim parece sentir em relação a Bruno Conceição.
Ainda que seja cedo para tirar grandes conclusões, pareceu-me que Leonardo Jardim, num clube sem capacidade financeira, soube ir buscar jogadores que, não sendo muito conhecidos, podem vingar na I Liga.
Tal como já escrevi, na segunda parte, o jogo mudou. E mudou, porque o Beira-Mar quebrou fisicamente e, principalmente, porque este plantel é ainda muito, muito curto. E é das limitações deste plantel que vou escrever muito em breve.
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