A primeira derrota em basquete

Primeiro ponto: a derrota de ontem, em Oliveira de Azeméis, frente a uma equipa com um estrangeiro e com atletas que recebem dinheiro para jogar, em nada «belisca» a excelente época que o SC Beira-Mar vem fazendo na Zona Norte do CNB1, em basquetebol, até porque, termina a primeira volta na condição de líder.

Sobre o jogo de ontem, há que dizer que vitória da Oliveirense não sofre contestação. Mais: deu a sensação que «só» venceu por 18 pontos, porque se limitou a ganhar um jogo que já estava ganho ao intervalo.

A nossa equipa começou por sentir imensas dificuldades em «travar» o jogo exterior da Oliveirense, muito por mérito das acções ofensivas do seu adversário e da «mão» certeira dos seus «atiradores». Ou seja, a defesa, que costuma ser a principal «arma» da equipa de Fernando Santos, ontem foi incapaz de travar a Oliveirense, muito por «culpa» do seu norte-americano (sem ser um jogador excepcional, não deixa de ser muito util a este nível) e de João Abreu que é de «outro campeonato».

Para além do mérito da Oliveirense, o SC Beira-Mar, mais uma vez, descontrolou-se por completo. É verdade que, uma ou outra vez em que os «auri-negros» tentavam reduzir a diferença pontual, lá vinha uma decisão ou uma «técnica» duvidosa imposta pela dupla de arbitragem, mas meus amigos, a indisciplina há muito, muito tempo que, infelizmente, também é «imagem de marca» desta equipa! E não pode ser!
Antigamente, porque era o Nuno Alves o «insurrecto», depois era porque tínhamos o Paulo Brinca sempre a protestar, depois veio o Matt Nover e nada mudou, e este ano, com Fernando Santos, de quem sou amigo e fã do seu trabalho, a coisa continua a não mudar. Mais: há jogadores que ainda não se apercebem que agora vestem uma camisola diferente, de um clube com grande história e que não pode ter como protagonistas atletas expulsos e que saem do pavilhão a fazer manguitos para o publico. Feio e nada dignificante para o nosso emblema. Desculpem a sinceridade.

Ainda sobre o jogo, julgo que também veio demonstrar que, apesar de termos ganhos os últimos jogos, há muito que se vem a jogar mal. Principalmente no ataque, há falta de jogadas trabalhadas, joga-se muito o tipo «basquete de rua» e, claro, quando se treina três vezes, por vezes apenas duas, e no caso de alguns jogadores, apenas uma vez por semana, torna-se difícil jogar de igual para igual com equipas que apresentam um ritmo elevado. E isto nem é uma critica, porque sei que os jogadores têm outras actividades e profissões e que treinam dentro das suas possibilidades, mas a verdade é esta, mesmo ao nível do CNB1, para se ter aspirações, é preciso trabalhar mais.

Na próxima semana, vem aí o ACR, equipa que se mostrou débil na primeira volta, mas que tem vindo a subir de forma e que poderá, agora, causar alguns embaraços ao Beira-Mar. Mas regressar aos triunfos, está perfeitamente ao nosso alcance.