quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A passagem de Ulisses Morais por Aveiro



Já se sabe como é nestas coisas da bola: quando os resultados não aparecem, normalmente é o treinador que «paga». Foi o que aconteceu a Ulisses Morais no SC Beira-Mar, despedido, após dez jogos sem conhecer o sabor da vitória. Por norma, sou um pouco avesso às «chicotadas psicológicas» porque entendo que a competência de um treinador não se revela apenas pelos resultados, mas tenho que perceber e aceitar esta decisão da SAD. Agora, não posso concordar é com aqueles que, aí pela net, soltaram gritos de alegria com a saída do técnico. Esses, são, porventura, os mesmos que no ano passado o elogiaram quando chegou a Aveiro, começou a obter melhores resultados do que Rui Bento, salvando o clube da despromoção. As pessoas têm a memória curta.


É verdade que este ano, a nossa equipa revela uma irregularidade gritante, é verdade que já tivemos jogos muito maus (Académica, Moreirense e Estoril em «casa» são alguns exemplos), mas também não podemos esquecer que faltou aquela «pontinha» de sorte para hoje termos mais pontos e estarmos numa posição mais confortável na tabela classificativa. Lembro o penalty falhado em Alvalade e os jogos no EMA com o Guimarães e com o Braga, por exemplo. Isto já para não falarmos noutras partidas em que fomos claramente prejudicados com as arbitragens…Mas factos, são factos: estamos em penúltimo e numa situação complicada, por isso, tenho que compreender a mudança.

Resta-me desejar as maiores felicidades a Ulisses Morais, um técnico que sempre revelou profissionalismo, um técnico que sempre mostrou respeito pelo SC Beira-Mar, que sempre o defendeu e que na hora da saída não deixou de dizer que leva para sempre o nosso «emblema» no coração. Para mim, um treinador não são «só» resultados.

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