quinta-feira, 14 de março de 2013

Jogo em Paços de Ferreira motiva comunicado da SAD

O futebol profissional é uma actividade que movimenta milhões de euros, gerando e suportando centenas de postos de trabalho. Daí que não seja admissível que haja influência grosseira de arbitragem nos resultados desta actividade e, pior, que os árbitros que cometem erros que influenciam resultados não estejam sujeitos a qualquer tipo de penalização ou responsabilização em função dos danos – desportivos e consequentemente económicos – que provocam. Pelo contrário. Quem chega a árbitro da primeira categoria – espaço supostamente reservado aos melhores – passa a usufruir de um salário que supera largamente o ordenado médio de um cidadão português e passa a beneficiar também de um conjunto alargado de privilégios, sem que esta seja a sua principal actividade. Pelo que se espera que aja com rigor, coerência, honestidade e responsabilidade.

Ninguém tem dúvidas de que o Beira-Mar tem sido um dos clubes mais prejudicados e desrespeitados pelas arbitragens durante esta época – se não mesmo o mais prejudicado. Os erros assumem repercussões imediatas nos resultados, como se verificou ontem, em Paços de Ferreira, e consequentemente na classificação na Liga ZON Sagres, que resulta adulterada, e também na motivação de uma jovem equipa que ainda esta jornada entrou em campo com dez futebolistas portugueses (repetindo um máximo da temporada que já lhe pertencia e que mostra que o Beira-Mar preserva, como ninguém, o jogador nacional). A frustração, de resto, prolonga-se para os adeptos, que pagam para assistir a um jogo justo e acabam contemplados com uma mentira, com um resultado adulterado, como ontem tristemente se verificou em Paços de Ferreira. Não é este o futebol que queremos.

No jogo de ontem, o árbitro influenciou directamente o resultado, com um conjunto de erros e comportamentos em prejuízo do Beira-Mar que teve o seu apogeu no último minuto, numa grande penalidade absurda de tão inexistente – e o prejuízo prolonga-se para a próxima jornada, com a suspensão – injusta – de um jogador [Dias]. Por isso, e porque desde o início da temporada que temos tido o maior respeito para com os respectivos responsáveis, solicitaremos à Federação Portuguesa de Futebol e à Liga Portuguesa de Futebol Profissional que constatem e analisem todas as injustiças de que o Beira-Mar tem sido alvo. Exigiremos, ainda, que iniciem um processo de investigação para perceber o porquê de tantos e sucessivos erros contra o Beira-Mar. Caso tal não se verifique, assumiremos nós essa investigação para que acima de tudo prevaleça a verdade.

Informamos também que até ao final da presente temporada, e de acordo com a legislação em vigor, não requisitaremos policiamento para os jogos que disputarmos para a Liga ZON Sagres no Estádio Municipal de Aveiro, atendendo às condições de infraestruturas e de segurança com que nos temos deparado noutros estádios e dos ambientes de pressão e de condicionamento sobre os agentes desportivos a que temos assistido. Lamentamos, por fim, o tratamento e a violência de que foi alvo em Paços de Ferreira a claque do Beira-Mar, Ultras Auri-Negros, a cujos elementos apresentamos a nossa solidariedade.

11 de Março de 2013
O presidente do Conselho de Administração da Sport Clube Beira-Mar – Futebol, SAD
Majid Pishyar








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