A verdade é esta: hoje, o SC Beira-Mar tem uma equipa de futebol profissional que pode não ser candidata à subida, mas que não envergonha o clube; tem uma Academia de Futebol que, apesar da falta de infra-estruturas, consegue resultados notáveis nos campeonatos nacionais e distritais; tem secções de futsal e basquetebol que continuam a evoluir, a obter bons resultados e a facultar a prática desportiva; tem ainda outras secções que conferem ao SCBM o estatuto de clube ecléctico. Tem tudo isto, que seria o fundamental, mas falta tudo o resto...
Ontem, a Assembleia-geral (onde não estive porque fui ao Estoril), como seria previsível, não deu em nada, ou seja, o futuro do clube continua hipotecado e continua por aparecer um grupo de sócios que queiram levar o SCBM para a frente. E entende-se porquê. Quem vai pegar num clube que tem isto e mais aquilo penhorado? Neste sentido, Emídio Martins fez ontem um apelo que na minha opinião é fundamental para o clube não morrer: é obrigatório que os anteriores e os actuais directores cheguem a um entendimento e que as penhoras sejam levantadas! Eu, enquanto aveirense e sócio do clube, faço o mesmo e peço ao senhor Artur Filipe e ao senhor José Cachide que, no mínimo, tentem conversar e chegar um acordo. Passado é passado. Não vale a pena estar aqui a criticar o que foi o desempenho dos anteriores directores, nem vale a pena criticar o facto de terem partido para as penhoras. Nada disso. Quero acreditar que todos desejam que o clube não desapareça e, por isso, acredito que ainda é possível o entendimento.
Depois há a questão dos políticos, também ontem levantada na Assembleia. De facto, e muito particularmente sobre o negócio das piscinas, tenho evitado ao máximo emitir uma opinião, mas eis que me vejo obrigado a dizer o seguinte: os políticos estão-se marimbando para o Beira-Mar, para uma instituição que tem mais de 80 anos e que ainda hoje tem mais de 500 jovens a praticar desporto! Servirem-se do Beira-Mar como arma de arremesso politica, tem sido vergonhoso. E neste aspecto, a postura do PS e do Bloco tem sido nojenta! Nojenta, é o termo.
Sobre as «piscinas», e sem querer voltar atrás com todas as criticas que tenho feito ao Élio Maia e ao seu Executivo, tenho a certeza que se tratou de um negócio em que, nem o presidente da Câmara, nem os dirigentes do Beira-Mar agiram de má fé. E isso é que era grave.
Deixemos-nos de politiquices, façam lá a campanha eleitoral que têm a fazer, mas deixem o SC Beira-Mar sobreviver.
E repito: acredito que a actual Comissão Administrativa do Beira-Mar vai conseguir chegar a um acordo com os anteriores dirigentes, porque também continuo a acreditar que estes são de facto grandes beiramarenses.
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Ponto 1 - Estamos a assistir a tudo isto desde quando? Porque não atacam a origem do problema?
ResponderEliminarPonto 2 - 2700 sócios é o número oficial. Mas a secção de piscinas acabou recentemente e já se tinha efectuado a renumeração. Agora são menos 100, 200, 300 sócios?
Ponto 3 - Imaginem que as dividas se pagam. Será viável ter o futebol profissinal no EMA? Durante quanto tempo mais? Só se vem confirmar o desligamento dos adeptos e sócios. E nem com bilhetes oferecidos se gera um bom ambiente.
Requerimento
ResponderEliminarExmo. Senhor
Presidente da Mesa da Assembleia Geral do SC Beira-Mar,
Considerando que a implementação de uma das medidas previstas no Protocolo assinado no dia 4 de Dezembro de 2008 com a EMA, EM. e o Município de Aveiro, concretamente a aquisição e posterior venda do terreno das piscinas deram origem a um diferendo entre as partes envolvidas e que importa esclarecer de forma cabal bem como dar cumprimento ao estipulado na escritura,
Considerando ainda que este facto se revelou de tal forma importante que extravasou tudo o que era admissível passando mesmo a ser o facto mais relevante da agenda local nos últimos tempos,
Considerando ainda que tem sido descrito através da imprensa e em artigos de opinião de forma diferenciada, incoerente e confusa,
Considerando que uma das partes se diz prejudicada e que vai utilizar os meios legais para ser ressarcida,
Considerando que este litigio é entre duas das mais importantes instituições do Município de Aveiro,
Proponho:
Que esta Assembleia Geral analise e aprove a disponibilidade do SCBM para o recurso à constituição de um Tribunal Arbitral, já que é legalmente possível as partes, mediante a celebração de convenção arbitral, submeter o litígio a resolução através de um processo de jurisdição voluntária.
Caso esta proposta mereça a aprovação desta Assembleia Geral deverá, esta mesmo e de imediato remete-la ao Município de Aveiro, já que a constituição deste Tribunal Arbitral só é possível se as partes, SCBM e MA, aceitarem este instrumento legal.
Refira-se que a decisão deste tribunal é equivalente à de um tribunal judicial para todos os efeitos.
Pede deferimento,